Da esquerda para a direita:
Aparecida Farias, Marlene Lopes, Aparecida Silva, Rosa Aragão, Ana Catanha, Rosemere
Aleixo, Rozalina Ferreira. Em baixo: Poliana Catanha
(Mascote), Nete Vieira (Coordenadoria), Aparecida Nunes, Daniela Moraes,
Joseane Silva e Maria Tereza (Coordenadoria).
Na tarde de segunda-feira
(25), um grupo de ex-jogadoras de futebol de Santa Cruz do Capibaribe se
encontraram no Estádio Otávio Limeira Alves. As mulheres, que defenderam entre
as épocas de 1980 e 1990 as equipes de futebol local (Ypiranga, Capibaribe, Arco-íris,
Quimilson e Seleção Santa-cruzense de Futebol), foram precursoras da modalidade
na cidade, que hoje acontece em menor proporção, com projetos esporádicos, como
o Ypiranga, que recentemente manteve um time feminino que participou do
campeonato estadual e da Copa do Nordeste.
O encontro foi promovido
pela Coordenadoria da Mulher, da Secretaria de Desenvolvimento Social, e o
grupo de jogadoras será representado na próxima sexta-feira (29), em uma
premiação que homenageará as mulheres santa-cruzenses que se destacam na sua
área de atuação na sociedade, a premiação será no Teatro Municipal, às 19h.
A coordenadora Nete Vieira
comemorou o fato de ter reunido as mulheres em um ambiente onde elas além de se
divertirem, enfrentaram muitas barreiras. “É com muita alegria que promovemos
este momento para essas mulheres que fizeram algo brilhante para o esporte,
para a própria história de Santa Cruz do Capibaribe, essa é uma página da nossa
história que precisa ser lembrada e inclusive o exemplo delas será usado para
as meninas e adolescentes da cidade”, antecipou.
Resistência
Marlene Lopes lembrou que
seu primeiro contato com o futebol foi acompanhando seu pai em jogos do
Ypiranga ainda na infância, mas ele não gostava da ideia dela praticar o
esporte. “Certa vez, meu pai falou que se eu chegasse em casa machucada, talvez
até machucasse a outra perna, esse era apenas um dos tipos de barreiras que
precisávamos superar. Era trabalhoso lidar com as pessoas chamando nosso time
de ‘machonas’, homens dizendo que nunca namorariam uma mulher que jogasse
futebol, mas nós superamos tudo isso, nós jogávamos por diversão”, afirmou.
Apoio
para o esporte
As ex-jogadoras lembraram do
apoio que o comércio local dava para o esporte. “Nós íamos às lojas, e com a
ajuda dos comerciantes da cidade, conseguimos dinheiro para uniformes,
trouxemos times adversários, conseguimos fretar veículos e irmos jogar nas
cidades, etc., nós até homenageamos uma loja de pneus, estampando seu nome na
camisa e colocando o nome da loja em um dos times, o Capibaribe”, lembrou Ana
Catanha.
Ary
Barbosa
Uma fala comum em todas as
ex-atletas, foi o incentivo de Ary Barbosa, desportista e radialista
santacruzense já falecido, que hoje empresta seu nome ao Campo Municipal.
“Desde o início do time feminino do Ypiranga, Ary convidava para participar dos
treinos, incentivava, orientava nos jogos e fazia de tudo para que o futebol
feminino desse certo na cidade”, falou Rosemere Aleixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário