O
treinamento físico com restrição de fluxo sanguíneo (BRF) é um dos assuntos que
têm recebido mais atenção em pesquisas em todo o mundo, no campo da
Fisioterapia. Como uma das alternativas para a reabilitação permitindo que o
fortalecimento e a hipertrofia da musculatura esquelética do paciente alcance
bons resultados, essa abordagem tem recebido atenção especial no campo
científico. E uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB) sobre o assunto ganhou destaque ao ser apresentada no evento Combined
Sections Meeting, promovido pela American Physical Therapy Association,
realizado em Denver, Colorado, nos Estados Unidos, entre os dias 12 e 15 de
fevereiro.
Resultado
de um trabalho conjunto entre os professores Magno Formiga, do Departamento de
Fisioterapia da UEPB, e o pesquisador Lawrence Cahalin, da University of Miami
(EUA), o estudo intitulado “Blood Flow Restriction Training: Beyond Strength
and Hypertrophy of Skeletal Muscle” (“Treinamento com restrição de fluxo
sanguíneo: além da força e hipertrofia do músculo esquelético” – tradução
livre) apresentou que o treinamento físico com restrição de fluxo sanguíneo,
usando cargas de trabalho mais baixas, menos repetições e durações mais curtas
em diversas populações, alcança resultados muito positivos.
De
acordo com o professor Magno, a pesquisa sugere efeitos sistêmicos a partir da
aplicação desse tipo de tratamento, que foi compartilhado com o público
participante do evento em forma de conferência. “Em meta-análise, nós
apresentamos que exercícios aeróbicos de baixa e moderada intensidade com BRF
produzem efeitos superiores na capacidade aeróbica e condicionamento físico de
adultos quando comparados aos obtidos por indivíduos que realizaram os mesmos
exercícios, porém sem BRF”, explicou o professor, acrescentando que tais
resultados serão importantes para o desenvolvimento da pesquisa, uma vez que
essa técnica será aplicada nas atividades da Clínica Escola do Departamento de
Fisioterapia da UEPB.
Uma
outra pesquisa também foi apresentada pelos professores Magno e Lawrence.
Trata-se do estudo “Effect of Aerobic Exercise with Hypoxia on Maximal Aerobic
Capacity” (“Efeito do exercício aeróbico com hipóxia na capacidade aeróbica
máxima” – tradução livre), publicada em forma de painel e que apresentou o
treinamento hipóxico intermitente como modalidade terapêutica. Segundo
professor Magno Formiga, em meta-análise ainda não publicada, exercícios
aeróbicos realizados em condições de hipóxia intermitente resultam em um
aumento significativamente maior no condicionamento cardiovascular de
indivíduos quando comparados aos mesmos exercícios realizados em normóxia.
“Apresentamos
esse estudo na seção de Fisioterapia Cardiovascular e Pulmonar da conferência.
Vamos começar a implementar essas técnicas na Clínica Escola de Fisioterapia da
UEPB, a fim de oferecer resultados mais rápidos e eficientes aos usuários, já
que essas modalidades podem ser utilizadas em setores como o de Fisioterapia
Respiratória e Traumato-Ortopedia”, concluiu.
Fonte:
http://www.uepb.edu.br
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