O uso das Novas Tecnologias no Ensino da
Geografia
Pode
a tecnologia substituir o professor em sala de aula? Qual o papel da tecnologia
no processo ensino/aprendizagem? É fácil observarmos que a tecnologia avança
cada vez mais e esse avanço tem se transformado, nos últimos anos, na
preocupação de alguns professores.
Em
diversas ocasiões é difícil para o professor incluir os novos recursos nas
aulas de Geografia, pela insegurança em trabalhar com equipamentos
tecnológicos. De nada adianta incluir tablet, computador e plataformas de
exibição de vídeos, entre outros instrumentos se eles não forem usados de
maneira correta.
O
professor deve em primeiro lugar, compreender que o uso de desses recursos são
muito importantes, e, não o substituirão, pelo contrário, auxiliam as aulas,
facilitando assim o aprendizado do aluno, gerando interação e interesse nas
aulas.
Nas
aulas Geografia tais equipamentos podem proporcionar uma melhor imersão do
estudante nos conteúdos abordados, bem como, agilidade, praticidade e interação
entre as diferentes percepções dos assuntos. Podemos exemplificar rapidamente:
Tablet:
possibilita a acumulação de vários livros em diversos formatos eletrônicos.
Afora os modelos especializados em leitura (chamados de e-readers), é
possível ajustar o brilho do aparelho para que não prejudique a visão. Tal
recurso permite que o aluno não se desloque com uma grande quantidade física de
documentos, e permitem rápidas consultas, indexações e comentários;
Computador:
seja como plataforma de projeção (em conjunto com o data show), ferramenta de
pesquisa (quando ligado à internet) ou ferramenta interativa (uso de jogos
educativos, fóruns de debate científico, etc.) o computador comporta uma grande
central multimídia, economizando muito tempo em relação às exposições dos
conteúdos, permitindo otimizar a aula na assimilação do conhecimento e em
debates formados a partir disto;
Plataformas
de exibição de vídeos: mais comumente usado e não exatamente inovador (muitas
escolas já praticavam este tipo de advento, desde as TVs analógicas com
videocassete), pode ser muito relevante quando a escolha do material é
pertinente, pois, detém uma característica lúdica intrínseca. Reportagens e
documentários podem gerar assimilação do conteúdo utilizando esta
característica da mídia, tornando o processo de aprendizagem prazeroso.
É
importante observar que tais recursos possuem também efeitos negativos; um
tablet sem uma pré-programação específica pode possibilitar ao aluno à
navegação na internet sem relação com o conteúdo e o aprendizado, ou, ser
utilizado como um videogame, que apesar de ser benéfico às habilidades
cognitivas, não o é na hora específica da aula em que necessita-se atenção e
concentração no tema.
O
computador também apresenta as mesmas potencialidades nocivas, mas, em termo
geral, ampliadas pois, o equipamento é uma verdadeira central multimídia, com
mais dispositivos de entrada e saída (o próprio tablet não deixa de ser um
computador portátil).
No
caso da exibição do vídeo, o cuidado com a seleção do material é fundamental;
vídeos extremamente teóricos podem causar perda de foco (até sono), bem como,
vídeos com muito humor, sátira, metáforas e desvios de assunto podem causar
debates paralelos infrutíferos (como uma discussão político-partidária).
Há
de se salientar também que poucas escolas dentro da realidade brasileira de
ensino dispõem de condições físicas e docentes para prover um ensino de
qualidade em paralelo ao uso adequado destas tecnologias, porém, são os novos
meios, ferramentas imprescindíveis na pedagogia de todas as disciplinas,
principalmente na Geografia que apresenta um conteúdo complexo e diverso, pois,
transita entre as ciências humanas e exatas quando da qualificação e
quantificação do conteúdo.
Então
professor, não tenha medo. Sirva-se dos equipamentos tecnológicos, mas, não
aleatoriamente. Use de maneira produtiva pra você e seus alunos.
Por:
Albertina Sueli Pereira
Graduada
em Geografia na Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
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